Raquel Capitão: Acredito que os produtos da Candy Factory vão agradar a muitos angolanos

Nelt avatar Nelt 05.07.2022.

Raquel Capitão é Diretora de Marketing e Vendas da nossa nova fábrica em Angola – a Candy Factory (CF). Ela nos visitou em Belgrado em fevereiro, e nessa ocasião conversamos sobre as suas impressões e expectativas da nova fábrica, bem como os produtos da CF.

 

*Raquel, quais são suas primeiras impressões de Belgrado?

Chegando a Belgrado, tenho a sensação de estar na Europa. As pessoas aqui são extremamente sensíveis e bem informadas sobre a atual situação política e socioeconômica no mundo e, claro, na Sérvia. Os sérvios com quem tive a honra de trabalhar dão a impressão de pessoas que vivenciam as coisas com muitas emoções e que são intelectual e historicamente esclarecidas e conscientes do que querem alcançar no futuro próximo como país e como povo.

 

*O que achas da Nelt – pessoas, empresa, atmosfera de trabalho?

Como uma cidade com comida e lugares incríveis para visitar, a melhor parte de Belgrado é definitivamente o povo hospitaleiro de Nelt. Sempre estive cercada pelos melhores colegas que compartilharam suas experiências e pontos de vista pessoais comigo, e com cada um deles aprendi algo sobre a cultura sérvia. Especialistas do Grupo Nelt me garantiram que estão muito preparados e sofisticados em termos de visão e forma de gestão de negócios, como verdadeiros líderes de mercado.

 

*Quais são as principais diferenças e semelhanças entre Angola e Sérvia?

Tanto Angola como a Sérvia são países com histórias de luta e superação de dificuldades, que estão a envidar esforços para melhorar as condições de vida das suas populações. São países que sabem o que significa passar por dificuldades e possuem um forte espírito de resiliência e reconstrução.

Eu diria que a principal diferença é que a Sérvia está décadas à frente de Angola no que diz respeito ao desenvolvimento socioeconômico. Belgrado é uma “cidade europeia” enquanto Luanda continua a ser uma “típica capital africana”, com todas as dificuldades, falta de condições, falta de abastecimento, educação e serviços de saúde, de que a maioria dos países africanos infelizmente ainda sofre. Apesar disso, Angola tem gente muito trabalhadora que uniu forças para tentar superar a grave recessão que se faz sentir em Angola desde 2014. Estamos confiantes que voltaremos a ultrapassar os problemas, só temos de continuar a tentar trazer e desenvolver novos empregos e dar ao povo angolano a oportunidade de provar que podemos fazer melhor. Por isso, os investimentos em novas indústrias, como a Candy Factory, são tão importantes para o país e a comunidade local.

 

*Como vão as coisas com a fábrica? Quais são suas expectativas?

Seremos pioneiros na indústria de confeitaria em Angola. Apesar de já existirem pequenos players no mercado, nenhum deles se posiciona à escala que a CF promete trazer para Angola, prevendo-se que a produção diária ultrapasse as 6 toneladas de rebuçados, chupa-chupas e gomas por dia.

Seremos certamente reconhecidos pela qualidade dos nossos produtos e queremos ser reconhecidos nacional e globalmente como a empresa que tem uma marca angolana, muito respeitada pelos seus stakeholders. Seremos certamente motivo de orgulho de todos os participantes.

Planejamos ganhar 20% de participação de mercado no primeiro ano de vendas e 40% nos primeiros cinco anos. Esperamos ser responsáveis por reviver essa categoria e assumir a liderança na mesma em um curto prazo, com marcas com as quais as pessoas se conectarão profundamente e que serão acessíveis em termos de preços de maneira consistente, o que Nelt com certeza vai garantir.

 

*Conte-nos mais sobre as marcas que a fábrica produzirá?

Os doces são pequenos, então eles têm que ser inteligentes. Para concretizarmos o nosso desejo de sermos líderes nesta categoria, devemos assegurar que estamos presentes em todos os lugares, com boa visibilidade e preços adequados, mas sobretudo devemos garantir que os nossos clientes estejam realmente conectados com as nossas marcas, para que não haja dúvida quando se tratar do impulso para fazer compras.

Para tal, a Candy Factory terá uma estratégia multimarcas, de forma a visar diferentes segmentos etários e sociais em Angola, com diferentes propósitos e níveis de envolvimento.

Uma supermarca para crianças: JACARÉ, destinada a crianças de 3 a 12 anos. Produto à base de leite de alta qualidade, nutritivo e com recheio altamente vitaminado. Uma marca que representa mais do que uma marca de produto, pretendendo ser uma marca conceito, com conteúdos audiovisuais que terão forte presença nos meios de comunicação (programa de TV dedicado, com mascote, conteúdos digitais especiais, presença na rádio, etc.), com posicionamento de preço semelhante às marcas importadas de maior prestígio.

Marca para adolescentes: OKO, destinada a idades entre 13 e 20 anos, com produtos baseados no simples gozo do açúcar, que contém goma. Um conceito interessante para adolescentes, com cores vivas, estilo e propósito, que dará vida a apresentações digitais, eventos e ativação do conceito e parceria, com posicionamento de preço mais próximo dos preços comuns de mercado.

Uma marca que visa adultos para um portfólio específico, como café, gengibre, mel e limão, doces que quase possuem parâmetros médicos (tosse, garganta, pele, aparelho digestivo, gripe, etc.), conhecidos por sua qualidade, também com posicionamento de preço mais próximo dos preços comuns de mercado.